Passos para valorizar a cultura de todos nós |
Oito
adolescentes e um professor-coreógrafo especialista em dança afro dão o
primeiro passo para que o projeto Africanidades seja realidade.
Idealizado pela Secretaria de Cultura e Comunicação Social, ele teve
início no mês de junho e as expectativas são muito positivas. As aulas
acontecem todas as terças e quintas, de 18h às 19h, no Centro Cultural
Nhô Quim Drummond - Casarão, gratuitamente para adolescentes. “Temos o
objetivo de montar um grupo de dança mesmo, não são oficinas, mas aulas
para preparar e aperfeiçoar as alunas”, explica o secretário de
Cultura e Comunicação Social, Fredy Antoniazzi, sobre a proposta do
projeto. Ainda de acordo com o secretário, a ideia é valorizar, por
meio desse trabalho, a cultura afro. “Mais especificamente a capoeira, o
moçambique e o congado”, complementa Antoniazzi.
O
aperfeiçoamento da técnica, o comprometimento das alunas com o trabalho
e o reconhecimento da população são ações que, combinadas, podem
proporcionar chances para Sete Lagoas se projetar na cena cultural
mineira e até mesmo nacional. “Vamos nos esforçar para a formação desse
grupo, para que ele cresça e apareça em festivais e apresentações aqui
e fora de Sete Lagoas”, afirma o professor e coreógrafo Marcos
Miranda, que estuda e trabalha há 20 anos com a expressão corporal com
base na cultura afro-brasileira e primitiva.
E
o trabalho, com esse propósito, não é fácil. De acordo com Marcos, as
referências para esse projeto são muito discrepantes de tudo que as
alunas gostam, do que é culturalmente aceitável. “É outro estilo de
dança, muito diferente de tudo que toca nas rádios, na televisão”,
conta o coreógrafo. Por outro lado, as expectativas são as melhores,
porque, segundo Marcos Miranda, é um trabalho de pesquisa e de quebra
de paradigmas muito grande. “Nos ensaios as alunas fazem um trabalho
corporal de quebra da erotização da dança, busco despertar nelas o
interesse pelo folclore, pela história da cultura delas, é uma busca
pelo resgate da tradição”, conta o coreógrafo.
O
projeto Africanidades prevê ainda a expansão para a comunidade da
Estiva, com aulas gratuitas de capoeira e dança para os moradores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário