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O Centro Cultural Casarão será palco da primeira festa literária de Sete Lagoas, a Literata,
que promete levar as palavras de João Guimarães Rosa para além dos
livros. De 17 a 20 de novembro, a programação gratuita e aberta ao
público traz debates, mostras, oficinas e exposições sobre as obras do
escritor mineiro que retratou o sertão do estado.
Para
o secretário de Cultura e Comunicação Social, Fredy Antoniazzi, que
representou o prefeito Mário Márcio Maroca na solenidade de lançamento
do evento ontem (4) no Casarão, um evento literário não atrai multidões,
mas é fundamental para formar cidadania. “A literatura modifica a vida
das pessoas, melhorando a alma e a conduta”, ressalta Antoniazzi.
Secretário de Cultura e Comunicação, Fredy Antoniazzi, discursa no lançamento da Literata |
Dentre as atrações, cinco
mesas-redondas com temas específicos, como a biodiversidade do cerrado
mineiro. O evento ainda abre espaço para 35 professores da rede
municipal de ensino, 360 alunos e 20 recuperandos da Associação de
Proteção e Amparo ao Condenado de Sete Lagoas através de três oficinas:
contação de histórias; poesia e música; ilustração.
O curador da Literata,
Jorge Fernando dos Santos, explica que a literatura extrapola o livro,
conversando com os costumes e outras mídias. Santos espera colher como
frutos a formação do público e um maior número de leitores. “A
literatura é uma grande viagem e as pessoas precisam descobrir esse
caminho”, diz.
A festa literária comemora os dez anos da Iveco na cidade, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), e conta com o apoio da Prefeitura de Sete Lagoas
e iniciativa privada. Na visão do diretor de Comunicação da
multinacional, Marco Piquini, a literatura é a expressão de uma
civilização, onde a palavra escrita é a base. “Uma sociedade que lê,
amplia o compartilhamento de ideias e objetivos em comum”, entende.
Diretor de Comunicação da Iveco, Marco Piquini; curador da Literata, Jorge dos Santos; secretário de Cultura e Comunicação, Fredy Antoniazzi |
HOMENAGEM
João
Guimarães Rosa nasceu em Cordisburgo, na região de Sete Lagoas, em
1908. Ao lado da vida profissional como médico e diplomata, dedicou-se à
arte de escrever, estrelando os primeiros contos na revista O Cruzeiro.
Em 1946, Rosa lança o primeiro livro: Sagarana, com histórias escritas
desde quando era criança. Dez anos mais tarde, o autor lança a obra
Corpo do Baile, uma coleção de novelas que foi separada em três volumes:
Manuelzão e Miguilim; No Urubuquaquá, no Pinhém. Noites do Sertão. O
livro de destaque, o Grande Sertão Veredas, explora as falas do
sertanejo, em uma trama entre o homem e o diabo, ambientada no cerrado
mineiro. Segundo o curador Santos, apesar de não ser um escritor voltado
ao público infanto-juvenil, Guimarães Rosa constrói personagens para as
crianças e jovens, como Miguilim.
PROGRAMAÇÃO: www.literata.net
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